Todo mundo está debatendo sobre como a COVID-19 transformou o mundo que conhecíamos. Os hábitos das pessoas já são outros, assim como a economia e a maneira de fazer negócios. A pandemia parece ter sido responsável por um terremoto que acaba por produzir novos relevos. E é sobre esse território que negócios serão reconstruídos e novos modelos de negócio surgirão.
Para essa adaptação, no entanto, é fundamental entender as mudanças de contexto e identificar os novos padrões no comportamento das pessoas — e, para isso, as buscas e pesquisas feitas no Google são um grande ponto de partida.
Um salto para o futuro (e outro para o passado)
O isolamento social que passamos a adotar no Brasil desde março acelerou o processo de digitalização. Foi como se tivéssemos saltado 10 anos em poucas semanas, e alguns fenômenos são prova disso. As pessoas passaram a estudar e a trabalhar a distância, com ajuda de ferramentas como o Zoom e o Google Meet; o fechamento de lojas físicas levou a um aumento no número de compradores digitais — já na primeira quinzena da quarentena, 32% de quem estava realizando uma compra online fazia isso pela primeira vez. Na hora de se entreter, os hábitos também mudaram: as pessoas têm recorrido cada vez mais ao streaming e dado novos usos aos ambientes online, com as lives; isso tudo além da inserção digital de milhões de brasileiros que abriram contas bancárias por meio do app da Caixa Econômica Federal para receber o auxílio aos afetados pela COVID-19.
Por outro lado, o “salto para o futuro” também foi acompanhado por índices preocupantes de desemprego, renda e o aumento da desigualdade devido à crise econômica causada pela pandemia, que, ao contrário do que foi dito, não é um fenômeno democrático. Ao comparar o momento atual com crises passadas, o padrão é o mesmo: as camadas mais ricas da população sofreram um impacto muito menor do que as menos favorecidas, cuja situação fragilizada dificulta ou inviabiliza o isolamento social e o trabalho a distância. Isso traz maior concentração de renda — um problema histórico no Brasil — e gera dois polos de consumo: um com pouca renda e muita gente, e outro com muita renda e pouca gente.
3 comportamentos na retomada do consumo
Neste momento em que começamos a vislumbrar uma vida pós-COVID, com o relaxamento do isolamento social e uma tentativa de retorno à normalidade, vemos também uma retomada do consumo. São 3 os comportamentos característicos de consumo depois de momentos pós-traumáticos: subsistência, celebração e reflexão.
Esse consumo que começa a ser retomado, no entanto, é ditado pela desigualdade: enquanto as camadas com mais renda consomem motivadas pela celebração e pelo hedonismo, voltando a pesquisar artigos de luxo como se fizessem um “autoafago” depois da crise, as pessoas com menos renda fazem um consumo de subsistência, abusando da criatividade e fazendo uso daquilo que se tem em mãos em meio à escassez.
O terceiro tipo de consumo, o “de reflexão”, tem menos ostentação e mais consciência e sustentabilidade, e é também reservado a quem tem maior renda, mas ainda pode ser visto como algo nichado.
O consumo de amanhã: o que esperar?
Se o padrão do consumo tem seguido essa regra, o que podemos esperar do consumo das pessoas depois que a pandemia passar de fato? Os dados de buscas no Google nos ajudam a ter uma ideia do que deve interessar, motivar, cativar ou mesmo amedrontar os consumidores daqui para a frente.
Uma mudança que pode ser esperada é uma nova relação com a casa. Se, por um lado, comprar um imóvel fica mais caro, pela perda de renda, por outro, o lar ganha uma nova perspectiva, por tudo que ele deve comportar em uma rotina de trabalho a distância. Assim, várias pessoas já cogitam trocar a cidade pelo interior, e o interesse na compra de imóveis é evidente nas buscas do Google e no número de financiamentos, que no primeiro semestre deste ano chegou ao maior patamar desde 2015.1
Outra mudança é em relação ao desejo do brasileiro na indústria do turismo.
Além disso, no que depender da vontade do consumidor brasileiro, as viagens aéreas nos níveis pré-quarentena devem ser retomadas, ainda que demore um pouco.
Mais uma mudança de hábito que podemos prever, pelo menos no médio prazo, tem a ver com o medo de usar alguns meios de transporte, muito por conta de um possível risco de contágio.
Assim, a indústria automobilística pode ganhar um ânimo extra, depois de alguns anos de queda no faturamento. Outro sinal disso? Um estudo mostra que 84% dos entrevistados planeja comprar um carro em 2020, apesar da crise.
Fonte: Think With Google
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