O ano de 2020 representou uma grande evolução para o mercado de e-commerce brasileiro, alcançando um recorde de crescimento nos primeiros seis meses do ano. Os maiores registros de alta ocorreram entre os meses de abril e junho, quando as medidas de restrição ao funcionamento do comércio físico funcionavam em sua forma mais severa por conta do novo coronavírus.
Ainda que esse crescimento tenha sido impulsionado pela pandemia, a popularização de e-commerce já era uma tendência bastante destacada desde 2018. Uma das maiores descobertas desse período foi o marketplace - tanto para empresas quanto para consumidores.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), somente entre os meses de março a julho, foram abertas 150 mil novas lojas on-line no Brasil. A grande maioria desses novos vendedores (80%) optou por utilizar a plataforma de grandes empresas, como Mercado Livre, Magazine Luiza, Amazon e outras.
Nesses sites, pequenos, médios e grandes comerciantes podem dividir o mesmo espaço, competindo entre si na oferta do melhor preço. Dados divulgados pela ABComm corroboram a popularidade dessas plataformas: 78% do faturamento total das lojas virtuais brasileiras foi fruto da operação de marketplaces. Durante os primeiros seis meses de 2020, o e-commerce faturou R$ 30 bilhões, o que representa um crescimento de 56% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Afinal, o que é uma plataforma de marketplace?
Uma plataforma de marketplace atua em um formato de venda online que permite uma marca vender em outros espaços que não a sua própria loja virtual. Ele funciona como um portal colaborativo, que aumenta o alcance e a exposição de uma empresa. A grande vantagem é encontrar novos clientes em potencial e ter uma nova vitrine de divulgação.
Para o consumidor, esse é um formato que permite a comparação de preços e produtos de maneira ágil. O lojista não precisará investir em um site próprio para atuar no e-commerce e ainda terá quem resolva os problemas de servidor – ou seja, menos gastos e investimentos em TI. Há ainda a facilidade do marketplace ser responsável por toda parte eletrônica da operação – do servidor ao processo de pagamento – o que já torna a credibilidade mais alta.
Já quem atua no setor de comércio digital por meio de página própria, pode catapultar ainda mais os lucros: uma plataforma de marketplace torna-se uma frente para novos clientes.
Boas práticas no marketplace
Uma vez que o marketplace é responsável por atrair tráfego para o site e funciona como um grande shopping virtual, ele trará um fluxo de possíveis clientes que buscarão pelo lojista que for mais atraente não apenas em preço, mas em informações.
Por isso é importante que haja conteúdo suficiente para que o produto ou serviço seja escolhido sem medo: fotos em boa resolução, vídeos e descrição completa. Quem atua no segmento de moda, por exemplo, deve incluir tamanhos com medidas. Já quem vende alimentos deve colocar composição e tabela nutricional. Como muitos produtos podem ser semelhantes ou mesmo idênticos, é oferecendo um diferencial que fará esse lojista ser escolhido. Na era da informação, quanto mais ela tiver disponível ao consumidor, melhor.
Outro fator importante é ter uma entrega rápida e atendimento cordial para gerar uma fidelização. Uma boa avaliação não apenas trará esse cliente de volta, como servirá de medidor para um eventual novo cliente.
Estar atento se o estoque está de acordo com o ofertado é importante, assim como analisar se um banner está atualizado. A loja no marketplace deve funcionar como uma loja normal, tendo cuidados fiscais e no processo de embalagem. Lembre-se: a reputação em uma plataforma de marketplace é tão importante quanto uma boa publicidade. O promissor mercado de Self Storage no Brasil é uma solução para quem deseja ter um depósito maior e acessível.
Principais Plataformas de Marketplaces no Brasil
Segundo pesquisa da Olist, 67% das lojas que vendem em marketplace utilizam a estratégia há um período entre um ano e mais de cinco anos, o que reforça a consolidação do modelo. Por sua vez, o grande leque de produtos e serviços faz o modelo atrair mais pessoas.
O ano de 2020 foi importantíssimo para o segmento: o Mercado Livre superou, em valor de mercado, o Itaú, o banco mais valioso do Brasil. Globalmente, o Alibaba, maior plataforma de marketplace do mundo, foi avaliado em US$ 65 bilhões – tendo uma expressiva venda de US$ 1,17 trilhão entre janeiro e maio de 2020.
Para efeito de comparação, o e-commerce brasileiro faturou R$ 225 bilhões no total, ou seja, em pouco mais de um mês a gigante chinesa faturou o que a categoria no brasil levou um ano para conseguir.
Ainda assim, nomes de peso como Amazon, Extra, Ponto Frio, Submarino e Americanas fazem com que os marketplaces sejam uma tendência. Segundo um estudo da Ebit | Neilsen, 67% do faturamento de marketplaces no Brasil estão concentrados nos 50 maiores do país, que também recebem 55% dos pedidos de todos as plataformas de marketplace do país com relação à venda de produtos de bens de consumo. Eles são responsáveis por 78% do faturamento do e-commerce brasileiro e tiveram uma expansão de 59% no faturamento de 2019 para 2020, um mercado que movimentou R$ 227 bilhões no ano de 2020 e tende a crescer 20% em 2021.
Muitas lojas virtuais, principalmente as marcas de pequeno e médio tamanho, entenderam a oportunidade de vender nos grandes marketplaces, tornando-se, ano após ano, uma fonte essencial de receita desse segmento.
Veja abaixo as principais plataformas de marketplace no Brasil:
Mercado Livre
Amazon
OLX
Enjoei
Magazine Luiza
Americanas
Netshoes
Dafiti
Fonte: Mundo do Marketing
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