Os desafios para o financiamento de novas empresas são grandes, segundo investidores no SciBiz
“Motivos para não investir no Brasil são infinitos”, afirma Fábio Iunis de Paula, investidor de venture capital da IndicatorCapital. Entre os pontos negativos apresentados no Science meets Business (SciBiz) 2018 por investidores como De Paula, estão a legislação brasileira despreparada para a forma de organização de startups, os riscos de perda de investimentos por impostos, juros altos e os problemas para internacionalização do negócio.
Para Daniel Grossi, investidor da Liga Ventures, fundo focado em conectar startups a grandes empresas, o venture capital ainda representa uma parcela muito pequena do PIB brasileiro, abaixo de 1%, o que significa uma enorme possibilidade pela frente.
Marco Poli, outro membro do painel, é um investidor anjo com portfólio de 47 startups, e defende que o principal desafio no Brasil está na legislação, que não compreende as novas organizações de negócios que as startups propõem. “Pela lei, um investidor anjo faz um contrato de participação. Nós não assinamos um contrato desses.”
O que fazer, então, para atrair um investidor para uma startup? É possível? Para os painelistas, sim.
Confira as dicas para conquistar investimentos para startup
1. Confiança no negócio
Um dos elementos fundamentais para que uma startup consiga se manter por investimentos é a confiança. “É preciso confiar muito no seu sócio”, afirma De Paula. Essa sensação também é possível quando você tem ao seu lado pessoas alinhadas com os seus objetivos. “É importante encontrar um investidor que tenha alinhamento estratégico semelhante ao da sua startup”, diz Grossi.
2. Base para oferecer ao investidor
Grossi defende que é preciso mostrar ao investidor o que você, enquanto startup, é capaz de fazer. “Quanto mais evidências para mostrar a viabilidade do seu negócio, melhor”, diz. Se é possível fazer testes, faça, pois demonstrará que você está pronto para o desafio. Isso te ajudará também a dar escala para o negócio. Afinal, as possibilidades são muitas, e o mercado não espera mais que as empresas tradicionais ofereçam todas as soluções. “Inovação não está mais nos laboratórios de P&D das grandes empresas, ela está aqui e agora. Ela está nas universidades, nas aceleradoras, nos coworkings”, afirma Grossi.
3. Aproveitar as etapas de financiamento
Da plateia, uma aluna de pós-graduação da Universidade de São Paulo disse ter sua própria startup, uma biotech – empresa do setor de tecnologia para uso biológico. A ela, De Paula disse que não se deve pular as etapas de investimento, pois os diferentes “players” terão algo a oferecer no processo. “O ideal seria ter o investimento de um anjo no início, que seja familiarizado com o ecossistema da área que você está inserida. Depois, em cada etapa, você tem players que podem te ajudar, inclusive com mentoria.”
Para De Paula, a experiência do investidor é um ponto importante. “A startup precisa de muito mais que simplesmente de dinheiro. Só ter o dinheiro atrapalha. Na fase de evolução da empresa, é preciso ter várias competências”, afirma.
Grossi, ainda, acredita que dependendo do perfil do negócio, não há porque temer pensar grande. “Não se restrinja ao mercado brasileiro”, diz, dando como dica procurar pelos investidores estrangeiros.
Fonte: epocanegocios
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